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Quando a confiança se traduz em obra de arte

2023-07-20
O Museu de Arte Moderna de Varsóvia é um dos edifícios culturais mais modernos do mundo. Este edifício não só fará as delícias dos amantes da arte, como também proporcionará uma experiência inesquecível aos apaixonados pela arquitetura e pela construção.

Os muros brancos de betão à vista combinam-se harmoniosamente com os espaços interiores do edifício cuja volumetria se integra perfeitamente no ambiente cultural da cidade. A equipa de engenharia de ULMA Polónia trabalhou continuadamente nos estudos e na aplicação de cofragens e andaimes, para assegurar a máxima qualidade das superfícies de betão. Além dos conhecimentos técnicos e da experiência, ULMA contribuiu também com a sua capacidade logística que, dada a grande envergadura do projeto e a sua complexidade, assegurou a entrega dos equipamentos seguindo um estrito cronograma e, sobretudo, tornou possível o fornecimento das estruturas de cofragem premontadas para a obra.

Um dos maiores desafios construtivos do projeto foi a fachada de betão à vista. Pelas suas dimensões e características, a construção da fachada dividiu-se em duas fases, a inferior e a superior, com ambas as secções separadas por um muro em forma de nicho. Para a sua execução, o processo construtivo começou 55 mm acima da rasante, empregando-se um sistema de apoios que permitiu tanto o apeamento como a descida da fachada.

FACHADA INFERIOR:

O apoio da fachada inferior, composto por um sistema de cimbre conjugado, evitou os efeitos do encurtamento elástico e os problemas com outros elementos estruturais do edifício, permitindo a instalação do andaime na fachada.

Ao realizar-se a fachada a 55 mm sobre a rasante, o processo de descenso realizou-se com um conjunto de vigas metálicas de dupla trama e cunhas. Este passo foi executado sob estrita supervisão e seguindo uma sequência predefinida, para impedir o rebaixamento diferencial dos elementos da fachada.

No perímetro do edifício, instalou-se simultâneamente um andaime de 25 m de altura, para garantir a segurança dos trabalhos e habilitar um espaço de apoio para as cofragens exteriores. Perante a impossibilidade de fixar o andaime à fachada, concebeu-se um sistema especial de ancoragens aproveitando os orifícios das barras roscadas. Esta solução melhorou a estabilidade do andaime durante a operação de descida da fachada.

Para conseguir o efeito desejado do betão à vista, empregou-se uma cofragem de lajes com vigas premontadas. Esta técnica construtiva permitiu manter um ritmo elevado de betonagem e assegurar a distribuição simétrica das barras de cofragem e a adaptação do tamanho do tabuleiro às indicações do arquiteto, evitando assim quaisquer marcas.

FACHADA SUPERIOR:

Devido ao exigente ritmo dos trabalhos, as obras correspondentes à fachada superior começaram antes de que se completasse o processo de descida da fachada inferior. Isso fez com que fosse vital ter em conta as possíveis interferências entre os apeamentos de ambas as fachadas.

Como apoio da fachada superior empregaram-se torres T-60 dispostas no interior do edifício sobre a estrutura de betão, e integradas no exterior no próprio andaime BRIO. Sobre as torres colocou-se uma trama de vigas metálicas e cunhas, para permitir a descida da fachada. A trama das vigas inverteu-se 90 graus em relação à trama da fachada inferior, para que as forças originadas pelo peso da fachada superior se deslocassem para o exterior da fachada inferior já executada.

No que respeita à cimentação da fachada superior, na maioria dos casos empregaram-se os conjuntos utilizados previamente na fachada inferior que, após uns pequenos ajustes e a substituição do tabuleiro, permitiram continuar a obter superfícies de betão de excelente qualidade.

ESCADAS PRINCIPAIS: 

Do ponto de vista da tecnologia da cofragem, merece destaque a escadaria principal de betão nu. Após a execução dos forjados, as escadas executaram-se em duas fases. A primeira fase consistiu na execução dos parapeitos de betão, e a segunda na execução das secções de escada e respetivos patamares. No apeamento das escadas empregou-se o andaime multidirecional BRIO, cuja flexibilidade evitou as interferências com as colunas e forjados já executados, assim como o apeamento dos elementos inclinados.

Os painéis de cofragem compunham-se de vigas e traves, para que as barras roscadas se situassem fora da superfície a betonar. As juntas de união entre os tabuleiros foram executadas com a máxima precisão.

Em conclusão, poderia dizer-se que tanto o projeto de cofragem das escadas como a sua posterior montagem constituem um excelente exemplo da “arte de encofrar”.